O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta sexta-feira (24) a ordem de serviço que autoriza o início da instalação da usina solar, que terá capacidade de geração de 0,7 MWh e será a primeira instalada em um aeroporto regional do Brasil.
O Aeroporto Regional de Maringá – Sílvio Name Júnior, no Noroeste do Paraná, vai receber uma usina fotovoltaica que prevê reduzir em 95% os custos com energia elétrica do terminal, que gira em torno de R$ 1 milhão por ano. O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) está destinando R$ 6,4 milhões para financiar o projeto, com recursos captados através da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).
O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta sexta-feira (24) a ordem de serviço que autoriza o início da instalação da usina solar, que terá capacidade de geração de 0,7 MWh e será a primeira instalada em um aeroporto regional do Brasil. Ela será construída em uma área que pertence ao aeroporto e deve iniciar a operação em cerca de seis meses.
O recurso também deve ser utilizado para a ampliação da sala de embarque do aeroporto. Para isso, o BRDE e a empresa que administra o terminal assinaram um memorando de entendimento para financiar a obra com o recurso excedente do projeto de implantação da usina. O valor estimado é de R$ 1,1 milhão.
“Esse é um projeto de sustentabilidade. Será o terceiro aeroporto autossuficiente do Brasil, ou seja, vai gerar energia solar para atender toda a demanda do aeroporto. Isso demonstra a preocupação de Maringá com a sustentabilidade, que é uma cidade verde e inovadora. E esse aeroporto, que é muito importante para o Paraná, ainda vai crescer muito ao longo dos anos devido o seu potencial de transporte de carga.”, disse o governador Ratinho Junior.
De acordo com o presidente do BRDE, Wilson Bley Lipski, foi realizado um estudo de viabilidade técnica para a instalação da usina fotovoltaica, que incluiu os modelos de equipamentos, capacidade de geração e histórico de incidência solar na região. O valor captado com a AFD foi de € 1,16 milhão.
“Não se trata apenas de uma linha de crédito, mas de um recurso que vem de um fundo internacional para ajudar a promover o desenvolvimento econômico, social e sustentável do Paraná”, afirmou.
LINHA DE CRÉDITO
O projeto faz parte do BRDE Energias Limpas e Renováveis, que já destinou R$ 536,8 milhões a projetos dessa área no Paraná desde 2019. O recurso contempla a instalação e aquisição de equipamentos, além do estudo de viabilidade. Quase 80% das linhas de crédito do BRDE atendem aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A usina fotovoltaica do Aeroporto de Maringá está enquadrada no ODS 7, que trata sobre acesso a diferentes fontes de energias, principalmente às renováveis e não poluentes.
“Este é mais um tijolinho que o BRDE está construindo para que tenhamos diálogo com a sociedade, rapidez na entrega de crédito, oferta de crédito barato e fazer a transformação econômica e social do Paraná. Nos últimos quatro anos o governador assinou mais de R$ 6 bilhões em crédito para o Paraná, 45% de todo o recurso que é investido pelo banco é aqui no Estado. Isso nos traz ânimo para fazer ainda mais e melhor, consolidando o objetivo de sermos o primeiro banco verde do Brasil, sendo uma referência em sustentabilidade”, explicou Wilson Bley.
O prefeito da cidade, Ulisses Maia, afirmou que o movimento do aeroporto espelha as políticas da cidade nessa área. “Nós estamos construindo duas usinas de produção de energia fotovoltaica para atender todos os prédios da prefeitura, com economia de R$ 30 milhões por ano nas contas de luz. Em três anos pagaremos a usina e no quarto ano já poderemos investir em outras áreas”, complementou o prefeito. “Maringá pode ser a capital verde do Estado. Também teremos uma parceria pública-privada de iluminação pública, que trará mais economia para a prefeitura”.
NOVO MOMENTO DO AEROPORTO
O anúncio acontece em um grande momento do aeroporto e da cidade. Na próxima semana começam os novos voos para São Paulo. A partir de domingo (26) o aeroporto vai retomar os voos diretos para Congonhas, por meio da companhia Gol Linhas Aéreas, e o voo das 10h para Guarulhos, por meio da Latam Airlines. Em 2022, o aeroporto registrou fluxo de 563.195 passageiros, o que representa aumento de 34,2% em comparação com o período anterior.
O diretor-superintendente do aeroporto, Fernando Rezende, comemorou o investimento sustentável num momento de atração de novos investimentos. “É a primeira usina solar em aeroportos regionais do Brasil. É um dia muito especial, um passo para um futuro sustentável e um marco para a cidade. Esse projeto transformará o aeroporto em exemplo nacional. Como sabemos, o aeroporto é um indutor do desenvolvimento de novos negócios. Já temos a segunda maior pista do Paraná e em breve vamos ter equipamentos de auxílio de navegação (ILS e ILSF), a modernização na torre de controle e o novo terminal de passageiros com capacidade para circulação de 2 milhões de pessoas por ano, em tramitação na Infraero”, afirmou.
Ele também agradeceu as políticas do Estado para induzir o desenvolvimento do aeroporto. “Essa construção só aconteceu porque contamos com o apoio direto do BRDE na usina e do Governo para a renovação do efetivo do Corpo de Bombeiros para cuidar da área da pista, devolvendo pessoal da reserva para a ativa de maneira especializada, além dos convênios na redução de ICMS do querosene da aviação civil, que ajudaram a criar novas conexões das companhias aéreas”, completou.
O secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros, disse que Maringá tem potencial para ser um polo no modal aéreo. “Além desses novos voos, que são muito importantes para os empresários e os prefeitos da região, o plano Maringá 2047, do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá, aponta que, como estamos com a segunda maior pista do Paraná e com planos para ter uma ainda maior, podemos suportar grande aviões de carga no futuro. Temos espaço para investir cada vez mais no aeroporto da cidade”, disse Barros.
Fonte: BRDE